O delegado e atual secretário-executivo de Segurança Pública de São Paulo votou pela demissão de seu próprio irmão, condenado por peculato digital, em uma reunião do Conselho da Polícia Civil. A decisão foi anulada posteriormente, alegando que o delegado estava impedido de votar por ser irmão do ex-agente.
O irmão do delegado foi condenado por inserir dados falsos no sistema da Circunscrição Regional de Trânsito, visando obter vantagens indevidas. A pena foi de 2 anos e 8 meses de reclusão, cumprida em liberdade com restrição de direitos.
O delegado afirma que não tem ligação com os crimes cometidos pelo irmão e que pediu pela demissão dele durante a reunião do Conselho. Apesar da decisão de expulsão ser de 2021, a formalização ocorreu em 2023, após recurso da defesa do ex-agente que contestou a participação do delegado na votação.
O secretário da Segurança Pública decidiu tornar nula a votação e o ex-agente permanecerá respondendo a um processo administrativo. O delegado nega que seu irmão voltará a trabalhar na Polícia Civil, alegando haver uma ordem judicial que impede o retorno do mesmo.